A intoxicação por metais e seus malefícios são assuntos que merecem atenção especial porque os danos à saúde podem ser irreversíveis. Resumidamente, devemos entender o termo metal pesado como um elemento químico com alto peso atômico e extremamente tóxico ao organismo, podendo prejudicar o bom funcionamento de órgãos como pulmão, estômago, rins, coração e cérebro.
O grande perigo é que muitas vezes esse tipo de metal, quando entra em nosso organismo, não consegue mais ser eliminado. Os metais mais perigosos e que devem ser evitados são chumbo, mercúrio, cádmio, cromo, arsênio e manganês.
A contaminação pelos metais pesados pode ocorrer por meio do solo, da água e da atmosfera, sendo observada em nosso dia a dia em diversos locais ou em determinadas profissões. No ramo industrial, a exposição a esses elementos é mais frequente e por isso exige maior atenção. As indústrias de tintas, de cloro, de plásticos PVC e as metalúrgicas são as que mais utilizam os metais.
Outra forma de intoxicação por metal pesado é por meio da fumaça resultante da queima de lixo urbano ou por meio do descarte incorreto de água poluída em rios, mares e oceanos. É possível encontrar metais pesados até mesmo em maquiagens, produtos de beleza, panelas, papel alumínio, desodorante com alumínio na composição, entre outros.
Peixes e frutos do mar possuem uma alta quantidade de metais pesados, incluindo o mercúrio. Isso acontece em virtude da poluição e do descarte inadequado de resíduos industriais nos mares.
A melhor forma para evitar a contaminação no dia a dia é não utilizar materiais que contenham este tipo de substância na composição. Outra recomendação é não consumir alimentos com corantes nem beber água não tratada. Para as pessoas que trabalham em contato direto com essas substâncias, a orientação de médicos e especialistas é utilizar máscaras, luvas, roupas apropriadas e outros itens de proteção.
O chumbo é um elemento que pode ser encontrado em todo o ambiente, pois é um metal muito utilizado na fabricação de objetos como pilhas, canos de água, tintas e gasolina. Para evitar a contaminação por chumbo é importante evitar ter em casa objetos com este tipo de metal e fazer o descarte correto deles no lixo.
Já o arsênio pode ser facilmente encontrado em tintas, corantes, remédios, sabonetes, fertilizantes e pesticidas. Em alguns casos, o arsênio também pode estar presente na água de poços privados que não são desinfetados regularmente pelo sistema de tratamento de água das cidades.
Outro exemplo de contaminação é o cromo, que é usado na produção de objetos de inox, cimento, papel e borracha. Ele entra no organismo humano através do contato com a pele, inalação de gases, ingestão de alimentos ou água contaminada. A longo prazo, o contato com este metal gera o aparecimento de problemas no fígado, rins, sistema circulatório e pele.
O cádmio está presente em todos os tipos de solo ou pedras, assim como no carvão, fertilizantes minerais, pilhas e plásticos. Para evitar a contaminação por cádmio, é recomendado não utilizar materiais que contenham este tipo de metal na composição e evitar fumar. Isso porque o cigarro possui carvão, que favorece o contato entre o cádmio e os pulmões.
Outro exemplo de metal pesado é o bário. Muito usado em indústrias de cerâmica, plásticos, tintas, pesticidas e combustíveis, este elemento também é usado como contraste de exames de raio X.
Alguns metais são úteis para a saúde e equilíbrio do corpo, como o ferro, zinco e magnésio. Mas, quando a quantidade de metais ultrapassa os limites, eles se tornam tóxicos ao ser humano e até mesmo aos animais.
Na maioria dos casos, a intoxicação por metal pesado não causa sintomas em um primeiro momento. Os malefícios da contaminação podem ser silenciosos e levar algum tempo para aparecer.
O grande perigo é que os metais vão se acumulando nas células do organismo aos poucos, levando a complicações renais e danos cerebrais. A intoxicação por metais atrapalha até mesmo no emagrecimento e pode causar câncer a longo prazo.
De modo geral, as primeiras queixas dos pacientes são as seguintes:
Abaixo, você confere quais tipos de danos são causados pelo acúmulo de metais no corpo.
Chumbo: anemia, doenças renais, disfunções reprodutivas e perturbações neurológicas, como atraso mental ou alterações do comportamento.
Mercúrio: tremores, fadiga, depressão, perda de memória, irritabilidade, alucinações, paralisia cerebral, cegueira e surdez. Em gestantes, o excesso de mercúrio afeta o desenvolvimento do feto nas primeiras semanas de gravidez.
Cádmio: interfere no funcionamento dos rins, pulmões, fígado e ossos, podendo até causar câncer.
Cromo: irritação das mucosas dos brônquios, tosse, asma e, em casos mais graves, lesões vasculares, tromboses cerebrais e paralisia do sistema respiratório.
Arsénio: risco muito aumentado de câncer na pele, pulmões, fígado ou bexiga.
Manganês: irritabilidade, problemas de memória, insônia, dificuldade de concentração, anorexia, diminuição da libido, alucinações, delírios e comportamento compulsivo.
Bário: não chega a provocar câncer, mas resulta em sintomas incômodos e aumento da pressão arterial.
É fundamental que o paciente evite o contato frequente com os metais pesados. Uma forma de se prevenir é utilizando produtos orgânicos e água tratada.
Uma recomendação extremamente necessária é fazer exames anualmente para analisar a concentração de metais pesados no organismo. Com os resultados dos exames, o médico irá indicar o melhor tratamento para amenizar os sintomas e combater possíveis complicações. O uso de protocolos injetáveis no tratamento é um método altamente eficaz para acabar com os metais pesados no corpo.
Outra medida de extrema importância para as indústrias é ter de um sistema eficiente e seguro para o recolhimento do material tóxico, seguindo sempre as regras do Ministério do Meio Ambiente e do Ministério da Saúde.
Ficou com dúvidas e quer saber mais sobre esse tema? Entre em contato com a Dra. Larissa Diniz e veja como a medicina preventiva pode ser útil para sua saúde e bem-estar.