Quando se fala em emagrecimento, muita gente pensa logo em dietas da moda, exercícios físicos e tratamentos estéticos. Mas outro assunto que vem conquistando o interesse dos pacientes é o jejum intermitente. Não se trata de um cardápio restritivo ou uma mudança sem fundamento na alimentação. O objetivo desse método é fazer com que o corpo queime os estoques de gordura, estimulando e perda de massa gorda e a diminuição do peso na balança.
Como já foi dito acima, o jejum intermitente emagrece e faz bem para a saúde. Mas, antes de iniciar essa técnica e passar horas do dia sem comer, é necessário buscar ajuda profissional para que o médico indique o método de regime intermitente mais adequado para cada caso. O especialista irá realizar exames específicos para analisar as taxas do organismo e verificar as necessidades do paciente.
Muita gente não sabe, mas esse tipo de método não é uma novidade dos tempos modernos. Na época paleolítica, em que o ser humano vivia da caça e era nômade, ele precisava passar horas ou até dias sem comer até que encontrasse alimentos para sua sobrevivência e um novo local para se abrigar.
Vale lembrar que a dieta de jejum intermitente não pode ser feita por qualquer pessoa. Gestantes, lactantes, crianças e pacientes com doenças crônicas estão incluídos no grupo de risco e por isso não devem aderir ao método sem orientação. No caso desses pacientes, o organismo precisa de mais nutrientes para funcionar corretamente e se desenvolver. Com isso, o jejum intermitente sem acompanhamento pode levar a desmaios, hipoglicemia ou desnutrição nesse grupo de pessoas.
A melhor recomendação é sempre consultar um bom profissional de saúde para tirar todas as dúvidas e emagrecer de forma saudável.
Não existe uma regra específica para o jejum intermitente. Existe o jejum intermitente de 10 horas, o de 12 horas, o de 16 horas e até mesmo o de 24 horas. O mais indicado é começar aos poucos para evitar efeitos colaterais prejudiciais ao corpo.
Quando feito de forma incorreta ou sem orientação médica, essa técnica pode levar a problemas graves, como desidratação, desnutrição, fraqueza, dor de cabeça, dificuldade de concentração, queda de pressão etc. Outro ponto importante é que a prática de exercícios durante o período do jejum precisa ser feita de acordo com a orientação médica. Deve-se levar em conta a adaptação de cada organismo e a intensidade de cada atividade.
O grande diferencial desse tipo de dieta intermitente é o fato de o corpo buscar as reservas de energia durante o jejum. Quando uma pessoa ingere alimentos, o organismo se encarrega de transformar a glicose em energia para o corpo. Para isso, o hormônio insulina fica responsável por colocar esse açúcar dentro das células. A energia que não é utilizada se transforma em gordura que, muitas vezes, resulta em aumento de peso ou dificuldades de emagrecimento.
No jejum intermitente, o organismo é obrigado a usar o estoque de energia armazenado nos músculos e no tecido adiposo, promovendo a quebra de gordura.
Outro ponto importante é que depois de muito tempo sem comer, a insulina está em baixa no corpo. Por isso, não é recomendado comer altas doses de carboidrato nem exagerar nas refeições antes e depois do jejum. O mais indicado é iniciar ou terminar o jejum com alimentos saudáveis e com baixo índice glicêmico.
Evite, por exemplo, arroz branco, pão, doces e alimentos industrializados. O melhor é optar por frutas com casca, legumes, verduras, cereais integrais e proteínas. Durante o jejum, é liberado a ingestão de líquidos como água, chás ou café sem açúcar.
Jejum intermitente de 12 horas: é um dos mais praticados por homens e mulheres. Nesse caso, a pessoa passa metade do dia sem comer, incluindo as horas em que está dormindo. Geralmente, é indicado que o paciente tenha três refeições por dia e pare de comer por volta das 20h, voltando a se alimentar no café da manhã, após às 8h.
Método Leangains: criado pelo sueco Martin Berkhan, nessa técnica a pessoa tem uma janela de alimentação de oito horas e fica 16 horas em jejum. No caso de mulheres, o intervalo deve ser de 14 horas de jejum. Uma dica é fazer três refeições durante o dia, deixando o jantar para o início da noite e pulando o café da manhã do dia seguinte. O paciente que comer às 20h pode voltar a se alimentar após as 13h do dia seguinte.
Protocolo Coma-Pare-Coma (ou Eat-Stop-Eat): nesse caso, a pessoa escolhe um ou dois dias da semana para fazer o jejum por completo. Ou seja, não poderá ingerir nenhum tipo de alimento nesse período. Certamente, esse é o método de mais difícil adaptação, o que pode gerar dificuldades para o paciente.
Comer apenas quando sente fome: com esse método, o paciente é orientado a se alimentar apenas quando o corpo necessita e sempre dando preferência a itens que dão saciedade. O problema é que muita gente não sabe diferenciar a fome real da vontade de comer, principalmente quando há fatores emocionais envolvidos. A orientação médica poderá auxiliar melhor neste caso.
Quando o assunto é emagrecimento, o jejum intermitente consegue trazer bons resultados. Mas essa técnica beneficia outros aspectos do corpo humano. Os aspectos positivos englobam:
Como já reforçamos, o mais importante ao praticar o jejum intermitente é seguir as dicas de um médico e fazer exames para acompanhar a evolução do corpo. A medicina preventiva é um grande aliado para quem busca emagrecer de forma consciente e com a melhor adequação nutricional.
Com todos esses benefícios citados acima não há por que não aderir a esse método e conhecer ainda mais as suas vantagens. O corpo humano consegue perfeitamente passar mais de 24 horas sem ingerir alimentos. O grande desafio será mais na parte psicológica do paciente, que muitas vezes está acostumado a comer compulsivamente ou em horários desregulados. Marque a sua consulta e saiba mais sobre este assunto.