Ter um corpo definido é um desejo comum entre muitas mulheres na fase adulta, especialmente entre aquelas que frequentam a academia de ginástica regularmente. No entanto, alguns fatores podem dificultar o ganho de massa muscular e o desempenho nas atividades físicas.
Um desses fatores é o uso constante de anticoncepcionais com hormônios sintéticos, que podem ser encontrados em forma de adesivo, pílulas, anel vaginal, injeção ou DIU hormonal.
Segundo especialistas do ramo da medicina e da ginecologia, esses contraceptivos são feitos a partir de hormônios fabricados em laboratório e muito semelhantes aos que são produzidos pelo organismo feminino.
O que acontece quando uma mulher utiliza esses métodos é que o corpo acaba entendendo que já foram produzidas quantidades suficientes destes hormônios e acaba interrompendo a produção natural de progesterona, estrógeno e testosterona.
Ao deixar de produzir os hormônios naturais, nosso corpo perde os benefícios que eles iriam oferecer, pois, as substâncias sintéticas não são processadas pelo organismo. Isso acaba dificultando o ganho de massa magra e a conquista de um corpo definido.
Outro ponto importante é que quando a mulher ingere um anticoncepcional oral, seu corpo reconhece a presença dos compostos no organismo e libera em excesso um tipo de proteína que realiza o transporte e a regulação do nível hormonal, conhecida como globulina.
Mas, por se tratar de um tipo de hormônio sintético, as globulinas não conseguem se conectar e fazer seu trabalho adequadamente, o que também interfere no ganho de massa muscular.
Além destes fatores, o anticoncepcional também pode elevar os níveis de cortisol (conhecido como hormônio do estresse) no organismo, favorecendo o aumento de peso.
Por conta destes motivos, os médicos vêm reforçando cada vez mais que é fundamental ter acompanhamento na hora de utilizar algum tipo de contraceptivo e ter a indicação correta de acordo com a patologia e necessidade de cada indivíduo.
Esses métodos são altamente eficazes para evitar uma gravidez indesejada e para tratamentos de patologias ginecológicas específicas, mas devem ser usados de forma adequada para não prejudicar outras funções do corpo.
Para receitar o anticoncepcional certo, o ginecologista analisa uma série de exames do paciente, seu estilo de vida, suas queixas mais comuns, seus objetivos, comorbidades etc.
Este acompanhamento é essencial para assegurar mais qualidade de vida à mulher e impedir que o anticoncepcional traga algum tipo de efeito adverso ou ser utilizado de forma desnecessária.
Além de dificultar o ganho de massa muscular, o uso de anticoncepcional sem orientação médica pode causar maior retenção de líquido, diminuição de energia e da sensação de bem-estar, ganho de peso e perda de massa óssea.
Nesse sentido, é preciso levar em conta que cada pessoa reage de modo diferente ao uso do anticoncepcional e que a influência dele sobre o treino sofre interferência de quesitos como idade, composição corporal, alimentação, fatores genéticos e nível de estresse.
Para quem não quer correr o risco de prejudicar o esforço feito na academia, mas também não quer ficar grávida, a saída pode ser adota algum método contraceptivo não hormonal, como a camisinha e o DIU (dispositivo intrauterino) de cobre ou cobre com prata.
Outra recomendação seria optar por um método hormonal que não afete a concentração de testosterona no organismo.
Independentemente da escolha, a indicação deve ser feita por um médico com base nos resultados dos exames do paciente.
Vale lembrar, ainda, que na hora de indicar o melhor método contraceptivo, o profissional de saúde também leva em conta se a paciente é hipertensa, se tem colesterol alto, se fuma, se tem sobrepeso ou se apresenta riscos de trombose ou endometriose.
Nos casos em que a mulher não abre mão dos métodos hormonais e quer ter um corpo definido a qualquer custo, há a possibilidade de intensificar os treinos, a carga e as repetições.
Existe também a opção de recorrer ao uso de suplementos ou algum tipo de reposição hormonal de testosterona, mas é importantíssimo ter orientação de um médico para evitar problemas como modificações na voz, na pele e no tamanho do clitóris.
A primeira recomendação, como já foi mencionado acima, é ter acompanhamento médico para avaliar todos os efeitos positivos e negativos do anticoncepcional no corpo.
Outra sugestão é buscar auxílio na medicina preventiva e na nutrição para aumentar o consumo de alimentos que auxiliam na produção de testosterona, como fontes de zinco, vitamina D e vitamina A. Alguns exemplos de alimentos são:
Como cada paciente tem características específicas, o plano alimentar precisa ser feito de forma individualizada e com base no histórico de vida da pessoa para garantir a hipertrofia muscular correta por uma nutricionista, sem chances de deficiências nutricionais.
O médico fará análise de exames para indicar o melhor caminho a ser seguido para a obtenção de bons resultados.
Vale lembrar que os exames de sangue precisam ser repetidos regularmente para que o profissional possa acompanhar a evolução do paciente.
A medicina evoluiu muito nas últimas décadas e há estudos cada vez mais qualificados sobre a relação entre anticoncepcional e hipertrofia.
Assim como grande parte dos tratamentos e remédios existentes na atualidade, há pontos positivos e negativos a serem observados no uso de contraceptivos hormonais.
O mais importante é que o paciente conheça suas necessidades e avalie os prós e os contras do anticoncepcional juntamente com um médico.
Se você tem outras dúvidas e quer se informar mais sobre este assunto, marque uma consulta o quanto antes e converse melhor com um especialista para fazer as escolhas certas em sua rotina.